Iluminação e Arquitectura
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Em traços gerais, numa tentaiva cronológica ocidental:
- Nos anos 40s - a arquitectura desenvolvia-se em função da Luz Natural, sendo a Luz do dia nesta altura, a fonte de iluminação primária.
- Nos anos 50s 60s - a electricidade torna-se mais barata sendo este processo acompanhado pelo desenvolvimento tecnologico na criação de fontes de iluminação mais económicas. Surgem os tubos fluorescentes.
- Nos anos 70s - acontece uma crise na produção de energia que obriga o desenvolvimento tecnologico, no garante de economia, a acelerar processos e novas lampadas que consigam graus de eficiencia mais elevados, ou seja, com uma relação consumo/ produção de Luz cada vez mais vantajosa.
- Nestes ultimos 50 anos, os antigos espaços edificados - que não deixam de ser recentes- promovem uma intensa filtragem da luz com o objectivo de fazer diminuir a temperatura no interior. Esta acção fez com que a quantidade de luz natural disponivel nos espaços de trabalho diminuisse drasticamente. O recurso à Luz Artificial bem como o seu estudo torna-se uma disciplina.
A equação energética de um edificio depende principalmente de três factores:
. electricidade consumida com a iluminação
. electricidade consumida com o aquecimento
. electricidade consumida com o arrefecimento
Esta equação sai em vantagem quando é usada a luz natural
a Luz do dia/ natural é intrinsecamente mais eficiente que qualquer fonte electrica/ artificial, proporcionando mais lumens por unidade de calor
a Luz do dia quando técnicamente bem trabalhada conduz a poupanças enormes de energia quer na iluminação de trabalho quer no arrefecimento do edificio
Surge progressivamente um maior interesse na investigação sobre a influencia do ambiente de trabalho interior na saúde, produtividade e conforto. Daí a Iluminação revelar-se fundamental.
Em simultaneo um maior interesse surge pelo potencial benigno da luz natural, constatando-se uma diminuição do absentismo do trabalhador, e um aumento da capacidade de negociação bem como de condições de saúde.
Naturalmente que as condições ideais aos padrões de saúde não estarão nos extremos, daí que possam ser ainda apontados como pontos desfavoráveis à luz natural:
as variações de intensidade por exemplo quando surge uma nuvem,
o seu espectro e temperaturas de côr dependentes das condições atmosféricas especificas de dia para dia,
a sua distribuição irregular lateral que poderá fazer diminuir a qualidade da visão,
a sua duração, sendo que o seu fim coincide com o inicio da noite
Como vantagens da luz artificial são apontadas:
mais altos niveis de iluminação sendo esta também melhor para o cumprimento de determinada tarefa ou função, garantindo maior visibilidade funcional
um superior estimulo mental
um melhor humor e melhor comportamento resultante
A relação entre Arquitectura e Iluminação é uma relação tão próxima que por vezes passa não evidente.
A função de um Designer de Iluminação envolvido desde a fase de projecto na construção de um qualquer edificio, será a de activar todo o seu conhecimento especifico, na melhor adequação da vivencia do espaço tendo em conta a função ou a polivalencia de funções que se pretendem.
Este profissional tem como elemento de trabalho principal a Percepção Humana e as suas subtilezas.
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