Paulo Mendes da Rocha na primeira pessoa:
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" Há uma questão da arquitectura que persegue e desafia o espirito:
a contradição entre a liberdade de criação e a coerção da racionalidade da técnica.

Segundo LC , o que desenha a imprevisibilidade da vida é uma construção, nitida e rigorosamente técnica, mas que não determina o fim, modo e meio, programa.

Para mim a primeira e primordial arquitectura é a geografia.
Antes de construir o homem escolheu o lugar...

Essas decisões , sobre construir ou não, tem um interesse universal enquanto manifestações do conhecimento.

A grande questão da arquitectura está na não finitude da acção.

Na sua expressão poética a arquitectura se transforma na linguagem do desejo, do vir a ser, na beleza que se quer imprimir às coisas ao se descrever a monumentalidade do existir humano nas suas providencias históricas.
Porque é preciso não esquecer que o universo da arquitectura transita no plano das artes e exibe um carácter poético capaz de dizer sobre as razões do fazer.

A formação da consciencia e o estabelecimento da linguagem são os grandes interesses do momento em que estamos vivendo.

É a essencia da arquitectura que, mesmo com o rigor da técnica, da ciencia, da mecanica indispensável para que tudo fique em pé, flui também pela poesia e pela história, na imprevisibilidade da nossa existencia.
O mundo precisa de ser construido para ser tão incomensuravelmente possivel quanto já o foi a existência humana. O projecto como um lugar, um mirante, de onde se pode ver a realidade, antes de tudo como uma projecção futura. "


— from the statement of the 2006 Pritzker Prize jury.

"It is not impossible to create generous architecture even in situations with minimum resources and numerous constraints. What one needs is a largeness of vision and a desire to create something that people can touch, feel, and in which they can participate. This is the message that Paulo Mendes da Rocha gives through his daring, raw, and impressive work to all those throughout the world who seek to maintain their identities and yet have a global consciousness."